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O sociólogo e diretor do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública (Crisp/UFMG), Cláudio Beato, discute no livro “Crime e Cidades” as interconexões entre crime e ambientes urbanos, bem como apresenta os dados e indicadores necessários para a compreensão dessas dimensões. Qual é a dinâmica da violência e criminalidade nos centros urbanos brasileiros? Para Beato, a hipótese é de que a vida em um ambiente urbano gera bolsões de desvantagens, o que, somado à ausência de controle, pode acabar levando ao crime.

Cláudio Beato é o entrevistado da edição nº 09 da revista eletrônica e-metropolis. O sociólogo tem se dedicado aos temas da criminalidade e violência, segurança pública, políticas públicas, estatísticas sobre criminalidade e polícia. É consultor em diversos estados brasileiros para o desenvolvimento de programas e projetos de controle e prevenção da violência. Além de ter atuado com o Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e UNODC das Nações Unidas.

Você acaba de lançar o livro “Crime e Cidades”, que trata das interconexões entre crime e ambientes urbanos. Este livro é resultado do trabalho que vem desenvolvendo sobre o tema no Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp/UFMG)? O que você tem investigado especificamente sobre o tema?

Em primeiro lugar, é preciso explicar o que é o Crisp e o que a gente faz lá, para falar do trabalho que venho desenvolvendo. O Crisp é um centro de pesquisa na área de Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais, sendo que essa universidade tem uma tradição de mais de 35 anos na área de criminalidade e violência. Já o Crisp tem 12 anos, tempo que vem se dedicando a uma questão específica que é a das políticas públicas na área da segurança, ou seja, somos um centro de produção acadêmica – com alunos de mestrado e doutorado, mas, principalmente, um laboratório com foco no desenvolvimento e formulação de políticas públicas. Trabalhamos, muitas vezes, como governos e instituições para desenvolver projetos de controle de homicídios. Também temos projetos de integração de uso de tecnologia na área de segurança, tais como geoprocessamento e mapeamento de crime.

O livro “Crime e Cidades” resume, de certo modo, o que venho desenvolvendo ao longo da última década no Crisp e o tipo de pesquisa com a qual tenho trabalhado. O nosso foco é, centralmente, a relação entre violência urbana e desorganização social na área de violência. Uma das nossas marcas é trabalhar com o que acontece na cidade através de mapas, de análises espaciais etc. E com isso temos um novo foco na questão urbana da violência.

Para ler a entrevista completa com Cláudio Beato, acesse a edição nº 09 da revista eletrônica e-metropolis aqui.