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O que define o populismo é essa reivindicação de representação exclusiva do povo — e é essa relutância em tolerar a oposição ou respeitar a necessidade de instituições independentes que com tamanha frequência põe os populistas em rota de colisão direta com a democracia liberal. Desse modo, a eleição de Jair Bolsonaro deve ser encarada como o evento mais significativo na história brasileira desde a queda da ditadura militar: pelos próximos anos, o povo terá de lutar pela própria sobrevivência da democracia liberal.

No livro “O povo contra a democracia“, Yascha Mounk apresenta uma contundente análise sobre a ascensão do populismo de direita pelo mundo e propõe diretrizes para um futuro que se mostra cada vez mais incerto.

No prefácio da edição em português, o autor reflete sobre o nosso caso, alertando para o fato de Bolsonaro ser o adversário mais poderoso que a democracia brasileira enfrenta em meio século.

Os brasileiros conseguirão salvar a democracia brasileira? É possível reverter a situação e assegurar os valores democráticos? Sim, mas não há tempo a perder.

Clique aqui para ler o prefácio e a introdução.

Confira a apresentação:

“A democracia perdeu sua força e corre perigo. Como chegamos até aqui e o que precisamos fazer agora? Neste livro contundente e necessário, Yascha Mounk une análise política e sólida pesquisa e nos dá diretrizes para o futuro. Com prefácio exclusivo à edição brasileira. O mundo está em crise. Da Rússia, Turquia e Egito aos Estados Unidos, populistas autoritários tomaram o poder. Os cidadãos estão perdendo a confiança em seu sistema político. Como resultado, a própria democracia corre perigo. De um lado, o toma lá, dá cá se tornou moeda de troca política e excluiu a população das tomadas de decisões fundamentais, criando um sistema de “direitos sem democracia”. De outro, governantes antiestablishment defendem restituir o poder ao povo e lutar contra todo e qualquer obstáculo institucional, mesmo que isso signifique criar, na prática, uma “democracia sem direitos”. Em “O povo contra a democracia”, Yascha Mounk faz uma análise precisa sobre esse cenário comum a diversas nações.”