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Santiago, metrópole em transformação: mercantilização e configuração urbana

O Observatório das Metrópoles e o Instituto de Estudos Urbanos da PUC Chile promovem, no dia 08 de julho no IPPUR/UFRJ, o seminário “Santiago, metrópole em transformação” a fim de avançar o projeto de análise comparada sobre dois dos maiores centros urbanos latinoamericanos – Rio de Janeiro e Santiago. Com o apoio da Fondecyt/CNPq, o evento contará com a participação dos professores Carlos de Mattos, Pedro Banne, Arturo Orellana e Luiz Fuentes, que abordarão temas como financeirização, solo urbano e população, qualidade de vida e crescimento urbano na capital chilena. O seminário é gratuito e aberto a todos os interessados.

PROGRAMAÇÃO

Seminário: “Santiago, metrópole em transformação: financeirização, mercantilização e configuração urbana”

Data: 08 de Julho de 2013

Horário: 13h 30

Local: Auditório do IPPUR/UFRJ, Av. Pedro Calmon, nº 550 – Prédio da Reitoria, 5º andar Cidade Universitária – Rio de Janeiro.

 

Palestrantes

 

  • Carlos De Mattos: “Financiarización y mercantilización del crecimiento en la región urbana de Santiago de Chile”
  • Pedro Bannen: “Santiago de Chile 1975 / 2010: suelo urbano y población como configuradores de un nuevo paisaje metropolitano”
  • Arturo Orellana: “La evolución y configuración de la calidad de vida en Chile en la última década
  • Luis Fuentes: “Tendencias recientes de crecimiento urbano en Santiago de Chile 2002-2012. ¿Compactación o expansión? una falsa disyuntiva”

 

 

Projeto de estudo comparado: RIO DE JANEIRO-SANTIAGO

O estudo dos processos de transformação urbana metropolitana tem sido objeto de investigação nos últimos anos tanto do Instituto de Estudos Urbanos e Territoriais (PUC Chile) como do Observatório das Metrópoles. Os dois centros têm se dedicado à investigação sobre os processos de reestruturação das economias metropolitanas, que envolvem os riscos e responsabilidades sobre o bem-estar dos indivíduos, afetando certos setores da cidade e configurando um cenário de fragmentação urbana. Esses processos têm sido investigados a partir de diferentes variáveis e dimensões, como impactos territoriais da reestruturação do mercado de trabalho metropolitano.

Diante desse cenário, parece fundamental avançar na comparação e integração teórica, metodológica e técnica dessas pesquisas, já que respondem a um mesmo processo de metamorfose urbana nas cidades latino-americanas. É nesse sentido que o projeto “Metodologia de análise social do espaço metropolitano em Santiago e Rio de Janeiro” pretende avançar: gerando uma metodologia comum para o estudo comparado de grandes cidades do Chile e Brasil.

Segundo o professor Felipe Link (PUC Chile), o projeto contempla a construção de tipologias socioespaciais e a construção de um indicador de coesão social e qualidade de vida urbana para analisar comparativamente os processos de transformação urbana em curso. “O projeto contempla três modalidades de vinculação internacional: 1) Estadias no Chile para pesquisadores do Observatório das Metrópoles; 2) Estadias no Observatório/Brasil para os pesquisadores chilenos; e 3) Realização de um seminário bilateral no Chile com a participação do instituto brasileiro”, explica.

Para o coordenador do Observatório das Metrópoles, Luiz Cesar Ribeiro, a comparação implica identificar similitudes e tendências genéricas, assim como diferenças e particularidades na evolução recente do tecido social de nossas cidades, em um contexto de globalização e liberação econômica. “Tanto o Chile como o Brasil aprofundaram suas estratégias de abertura externa e liberalização econômica, e acho que é interessante perguntar quais os efeitos destas políticas nas grandes áreas metropolitanas dos dois países, entendidas como lugares mais expostos aos processos de modernização”, argumenta Ribeiro.

De concreto, o projeto de cooperação internacional pretende contemplar metodologias de análise social do espaço urbano. Por outro, as que têm relação com análises de segregação e fragmentação urbana, metodologias de análises e caracterização da coesão social e qualidade de vida urbana.