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O coordenador nacional do Observatório das Metrópoles, Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, participou entre os dias 20 e 22 de outubro, em Quito (Equador), do XII Seminario Internacional de la Red de Investigación sobre Áreas Metropolitanas de Europa y América Latina (RIDEAL). Com o tema “Nuevas formas de metropolización emergente: paradigmas, métodos y hallazgos“, o evento reuniu pesquisadores da América Latina e da Europa para debater os novos desafios da urbanização e da governança metropolitana.

Ribeiro proferiu a conferência “A nova urbanização dependente no capitalismo rentista-neoextractivista”, baseada no livro homônimo lançado este ano, que apresenta as bases teóricas do novo projeto INCT do Observatório das Metrópoles, financiado pelo CNPq. A obra propõe uma leitura crítica sobre os processos de urbanização contemporâneos na América Latina, em especial o papel do rentismo e das atividades extrativistas na produção das metrópoles.

Na ocasião, Ribeiro apresentou o arcabouço teórico-analítico para compreender a “Nova Urbanização Dependente” na América Latina, especialmente no Brasil, sob o regime do capitalismo rentista-neoextrativista do século XXI. Essa nova forma de dependência, segundo Ribeiro, é caracterizada pela dominação financeiro-tecnológica e pelo crescimento do rentismo, do neoextrativismo (incluindo a reprimarização) e do capitalismo de plataforma.

Também participou do encontro a pesquisadora Camila D’Ottaviano, do Núcleo São Paulo, que apresentou a pesquisa “Precariedade Habitacional nas Metrópoles Brasileiras: panorama do Censo 2022” no Painel 4, dedicado às dinâmicas habitacionais e à expansão metropolitana.

Organizado pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO) e pelo Núcleo de Investigación sobre Gobernanza y Ordenamiento Territorial do Instituto de Estudios Urbanos y Territoriales da Pontificia Universidad Católica de Chile, o Seminario RIDEAL se consolidou como um espaço de intercâmbio entre pesquisadores(as) sobre as transformações recentes nas metrópoles da região.

Nesta 12ª edição, o evento discutiu como as novas formas de expansão urbana, marcadas por desigualdades, informalidade e conflitos socioambientais, desafiam os paradigmas tradicionais de planejamento e exigem novas abordagens conceituais e metodológicas para compreender a metropolização emergente.