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O Instituto Pólis, em parceria com o Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade/FAUUSP), analisou a mobilidade urbana durante o período da pandemia, a fim de compreender o fluxo de circulação das pessoas nas cidades e como isso influencia na difusão espacial da COVID-19 em São Paulo.

Para a análise, foram utilizados os dados disponibilizados pela SPTrans, incluindo os dados de GPS dos ônibus e o roteamento de viagens selecionadas da Pesquisa Origem Destino de 2017. A partir disso, buscou-se identificar de onde saíram e para onde foram as pessoas que circularam de transporte coletivo no dia 5 de junho (dia em que, segundo a SPTrans, cerca de 3 milhões de viagens foram realizadas usando os ônibus municipais). Os dados de mobilidade foram correlacionados com os dados de hospitalizações por SRAG não identificada, e COVID-19, até o dia 18 de maio, última data para qual o dado do CEP no DATASUS estava disponibilizado pelo Ministério da Saúde.

O resultado mostra uma forte associação entre os locais que mais concentraram as origens das viagens com as manchas de concentração do local de residência de pessoas hospitalizadas com COVID-19 e Síndrome Respiratória Grave (SRAG) sem identificação, possivelmente casos de COVID-19, mas que não foram testados ou não tiveram resultado confirmado. A conclusão foi que as pessoas que tiveram que sair para trabalhar, e que para isso realizaram percursos longos de transporte coletivo, são as mais afetadas pelo coronavírus.

Mapa: Pedro Mendonça/LabCidade. Reprodução: Instituto Pólis.

Para saber mais sobre o estudo, confira o texto “Circulação para trabalho, inclusive serviços essenciais, explica concentração de casos de COVID-19“, disponível no site do Instituto Pólis.