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Profª Maria do Livramento Clementino, UFRN

Profª Maria do Livramento Clementino, UFRN

Em entrevista ao Jornal Tribuna do Norte, a coordenadora do Núcleo Natal do Observatório das Metrópoles, professora Maria do Livramento Clementino (UFRN) criticou o que chamou de “arranjo político” na formação da Região Metropolitana da capital potiguar. A inserção de um município rural à região, segundo a pesquisadora, evidencia a disparidade entre a região metropolitana formalmente constituída e os municípios realmente conurbados.

Publicada no dia 31 de julho, a reportagem trata da incorporação do município de Ielmo Marinho, que tem pouco mais de 12 mil habitantes, à Região Metropolitana de Natal. A professora explicou que há benefícios federais a cidades que integram regiões metropolitanas, mas ponderou que também há obrigações específicas para estas cidades – entre elas, a elaboração de um plano diretor.

Livramento explicou na entrevista as diferenças entre a região metropolitana formal e a funcional, destacando que a segunda é que tem sentido de existir. Ela ressaltou ainda problemas práticos enfrentados pela população, com ênfase na questão da mobilidade, que pouco se beneficia da ampliação da Região Metropolitana de Natal. Quando ela foi criada legalmente, em 1997, era formada por apenas seis municípios e, hoje, conta com 12.

Confira a íntegra da entrevista da coordenadora do Núcleo Natal do Observatório das Metrópoles ao Jornal Tribuna do Norte.

A metrópole potiguar
A professora Maria do Livramento Clementino é uma das editoras do e-book “Natal: transformações na ordem urbana”, lançado em junho pela Rede INCT Observatório das Metrópoles. A obra aborda as mudanças e permanências da Região Metropolitana de Natal (RMN), no período compreendido entre 1980 e 2010.

Segundo Livramento, a pesquisa que resultou na elaboração do livro buscou analisar se Natal, de fato, se constituía como uma metrópole. Estudos anteriores do Núcleo Regional do Observatório apontavam que ela ainda estava em formação.

“Se antes Natal era uma metrópole em formação, agora podemos dizer que é uma área urbana metropolizada pelos resultados de uma reestruturação produtiva incentivada pelo Estado e por uma economia subsidiada por fortes investimentos públicos em infraestrutura, decididos de forma exógena à vontade política local de reforçar a estrutura da RMN, embora, constate-se sua complementação por ações públicas municipais”, afirmou Maria do Livramento na ocasião do lançamento do livro.

Faça o download do livro “Natal: transformações na ordem urbana”, que integra a Coleção “Metrópoles: Território, Coesão e Governança Democrática”, cujo objetivo é oferecer a análise mais completa sobre a evolução urbana brasileira, servindo de subsídio para a elaboração de políticas públicas nas grandes cidades e para o debate sobre o papel metropolitano no desenvolvimento nacional.