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Já está disponível a a edição número 23.2 da Revista Plural, com o Dossiê “Mobilidades Turísticas”, organizado pelas professoras Bianca Freire-Medeiros, do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo, e Patricia de Santana Pinho, do Departamento de Estudos Latino-Americanos e Latinos da Universidade da Califórnia, Santa Cruz. Além dos artigos, o Dossiê conta com uma entrevista exclusiva com a pesquisadora Mimi Sheller e com a primeira tradução para o português do ensaio “Globalizando o olhar do turista”, de John Urry, fundador do Centre for Mobilities Research da Universidade de Lancaster.

A seguir trecho da apresentação do Dossiê “Mobilidades Turísticas”, assinado pelas organizadoras:

“Das aventuras dos turistas sexuais, culturais e ‘de massa’ às desventuras dos refugiados e trabalhadores migrantes, nosso planeta é palco de um número crescente de deslocamentos humanos. Motivadas por guerras e conflitos, mais de 60 milhões de pessoas cruzaram largas distâncias em 2015, o que representa um aumento de quase 10% em relação a 2014.

Paralelamente, as mobilidades turísticas alcançam um crescimento inédito e configuram em média 12,5% do PIB das nações, variando de 2,2% para Angola a 61,1% para as Maldivas. Se os números não qualificam a experiência dos deslocamentos, eles nos ajudam a pensar quão globalizados são os seus impactos e no quanto essas formas avessas de mobilidades de corpos produzem consequências umas para as outras, bem como para as mobilidades de mercadorias, imagens, objetos, conceitos e discursos. […]

Como bem sabemos, há um número cada vez maior de “maneiras” de se fazer turismo, o que tem gerado uma propagação de qualificativos no mercado e nas análises das viagens contemporâneas. Neste dossiê, o leitor encontrará em foco alguns destes subtipos, desde os turismos cultural (Vidal) e sexual (Mitchell), passando pelos “favela tours” – com seu contraponto, o “turismo de base comunitária” – (Moraes), pelas mobilidades das elites (Freitas) e pelo “turismo sombrio” (Arthur), chegando à indagação sobre a própria pertinência de falarmos em “pós-turismo” (Allis) num mundo atravessado por mobilidades tão interconectadas.

A despeito dessa pluralidade de referentes empíricos, o interesse pela dimensão urbana do fenômeno turístico, i.e., pela maneira como as cidades e seus espaços definem práticas específicas de turismo num mundo de mobilidades ao mesmo tempo em que são por elas reconfigurados, imprime unidade ao conjunto dos textos – artigos, resenhas e entrevista – que compõem o dossiê.”

Acesse a revista completa no site: http://revistas.usp.br/plural/issue/view/9327/showToc

***Informações com UrbanData Brasil.