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Pablo Lira, coordenador do Observatório das Metrópoles Núcleo Vitória, foi entrevistado para duas matérias na última semana a respeito da ampliação do acesso a armas de fogo e munição no Brasil. Lira foi um dos especialistas consultados para comentar a questão da integração dos sistemas de rastreamento de armas e munições no país, além do episódio da “dama de vermelho” no Distrito Federal.

A Folha de São Paulo abordou a demora na integração entre os sistemas do Exército com os de órgãos de segurança pública, o que tem dificultado o rastreamento de armas e munições no país, assim como a resolução de crimes.

Como informa o jornal, o Sinesp é o sistema do Ministério da Justiça que agrega dados de segurança pública e pode ser acessado por policiais estaduais, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Atualmente, ele é a principal ferramenta usada no dia a dia de policiais para o rastreamento de armas. No entanto, não agrega dados do Exército, que é o órgão responsável por registrar armas de CACs (caçadores, atiradores desportivos e colecionadores), militares das Forças Armadas e policiais.

Para Lira, professor do mestrado em segurança pública da Universidade Vila Velha (UVV) e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, além da dificuldade de acesso aos dados pelos próprios membros que atuam na segurança pública, há falta de transparência.

A integração possibilita que a polícia consiga identificar possíveis criminosos, além de ter controle maior de armas que estão sendo disponibilizadas. A gente tem visto indivíduos utilizando o registro de CACs para comprar armas e vender para criminosos, é preciso ter acesso integrado aos dados para investigar e solucionar esse tipo de crime, disse o pesquisador.

No site Metrópoles, a matéria trouxe o debate sobre o uso de armas por CACs, a partir do episódio da escolta da dama de vermelho”. Na ocasião, homens armados com fuzis e escopetas interromperam o trânsito para que uma mulher atravessasse uma avenida no Distrito Federal. 

Conforme aponta o veículo, as cenas contrariam a legislação sobre o porte de armas por CACs, causando insegurança jurídica e pânico na população, além de colocar em risco a segurança pública. Para os pesquisadores entrevistados, o fato de as armas serem ou não de fogo, não tira a gravidade da situação.

“E se uma viatura policial passa no exato momento e vê um grupo de homens que não são profissionais de segurança pública com fuzis. Poderia ter terminado em tragédia”, analisou Lira.

Foto: Tomaz Silva (Agência Brasil).

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