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O Brasil terminou o ano de 2012 com uma frota total de 76.137.125 veículos automotores. Desde 2001, houve um aumento da ordem 138,6%, sendo que a quantidade de automóveis exatamente dobrou passando de 24,5 milhões (2001) para os 50,2 milhões (2012). Os dados fazem parte do Relatório “Evolução da frota de automóveis e motos no Brasil” que o Observatório das Metrópoles apresenta com o objetivo de ampliar o debate sobre a política de mobilidade brasileira.  O estudo mostra ainda que a frota de motos continua crescendo no nosso país: em São Paulo o acréscimo foi superior a 1 milhão no período 2001/2012; no Rio de Janeiro a frota de motocicletas triplicou, passando de pouco mais de 98 mil para 472 mil.

Em setembro de 2012, o INCT Observatório das Metrópoles elaborou e disponibilizou o relatório de dados “Crescimento da frota de automóveis e motos nas metrópoles brasileiras” (2001/2011). Os resultados deste levantamento tiveram ampla repercussão na imprensa, afinal, pela primeira vez, se tinha dados sistematizados sobre a evolução da frota de automóveis e motos nas metrópoles do Brasil, permitindo não só uma visão panorâmica da recentre trajetória desta evolução, como também um olhar comparativo entre as principais regiões urbanas brasileiras.

Agora, disponibilizaremos para o público uma nova edição deste relatório “Evolução da frota de automóveis e motos no Brasil: Relatório 2013”, elaborado pelo pesquisador Juciano Martins Rodrigues a partir dos dados disponibilizados no website do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN). Este relatório é mais completo do que o elaborado em setembro de 2012, pois, além de trazer informações sobre a evolução da frota de veículos de 2001 a 2012, detalha as informações considerando também importantes aspectos da organização territorial brasileira, com destaque para a configuração da rede urbana nacional e para a configuração interna das principais regiões metropolitanas.

Esse estudo é mais ação do Observatório das Metrópoles com o propósito de debater de forma efetiva com os atores políticos, meio acadêmico, terceiro setor e sociedade civil os rumos das grandes cidades brasileiras. E, além disso, representa a continuidade da “Campanha Pelo Bem-estar Urbano”, iniciada em agosto 2013 com o lançamento do “Índice de Bem-estar Urbano – IBEU”, no qual o instituto mostrou que a qualidade de vida nas regiões metropolitanas (como também nas cidades menores) depende da qualidade da mobilidade urbana, do tempo de deslocamento dos cidadãos dentro do território urbano.

Composição frota de veículos automotores no Brasil

O Brasil terminou o ano de 2012 com uma frota total de 76.137.125 veículos automotores. Desde 2001, houve um aumento da ordem 138,6%. Nesse ano, havia aproximadamente 34,9 milhões de veículos. Isso significa que ocorreu um incremento superior a 28,5 milhões de veículos entre esses dois nos. Vale lembrar, que o crescimento populacional no Brasil, entre os dois últimos Censos demográficos (2000 e 20100), foi de 11,8%.

Frota de veículos automotores no Brasil por tipo de veículo

Crescimento no número de automóveis 2001 2012: o ritmo de crescimento praticamente não se altera. Em 2012 há um enorme crescimento e o peso das metrópoles continua elevado.

O Brasil terminou o ano de 2012 com 50,2 milhões de automóveis. Em comparação com o ano de 2001 (início da série histórica), a quantidade de automóveis exatamente dobrou. Passando de 24,5 milhões (2001) para os 50,2 milhões (2012) já mencionados anteriormente.

O crescimento na frota de automóveis continua elevado em todas as principais regiões metropolitanas, variando de 73% no Rio de Janeiro a 159,7% na região metropolitana de Manaus. A maioria dessas regiões metropolitanas apresenta crescimento acima de 100%.

Crescimento em 2012

Merece destaque: entre o final de 2011 e o final de 2012 ocorreu um aumento de 3,5 milhões de automóveis no Brasil. A frota brasileira passa de aproximadamente 46,7 milhões para 50,2 milhões em apenas um ano. O mais interessante ainda é destacar que, de todo o crescimento ocorrido nos últimos 10 anos (acréscimo de 24,2 milhões de autos), 14,6% ocorreram apenas em 2012. Nas 15 principais regiões metropolitanas a frota passa de 22,6 milhões para 24 milhões de automóveis.

O peso das metrópoles: Apesar de ter ocorrido um diminuição na participação, 47,2% dos automóveis estão nas 15 principais regiões metropolitanas.

Crescimento continua concentrado nas metrópoles: Entre 2002 e 2012 o aumento na frota de automóveis no Brasil foi da ordem de 10,7 milhões (ou 104,5). Deste crescimento, 44,4% ocorreram nas 15 principais regiões metropolitanas.

Entre 2011 e 2012, como dissemos, o crescimento da frota de automóveis foi da ordem de aproximadamente 3,5 milhões. Neste período, 39,3% do crescimento ocorreram nas 15 principais regiões metropolitanas. Sendo que 10,8% ocorreram apenas na região metropolitana de São Paulo e 5,4% ocorreram na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Generalização da motorização

O Brasil todo se “motoriza” entre 2001 e 2002. A Taxa de Motorização (número de automóveis para cada 100 habitantes) aumenta em todos os municípios do país. No país todo, essa taxa passa de 11,4 auto/100hab para 25,9 auto/100hab. Ocorre o que poderíamos chamar de uma generalização do fenômeno da motorização. Os automóveis estão presentes em um número maior de municípios e em quantidades cada vez maiores.

A frota de motos continua crescendo como nunca

A frota de motos no Brasil continua crescendo, como já mostramos. Esse crescimento também ocorre em todas as metrópoles brasileiras. No conjunto das 15 principais regiões metropolitanas o aumento foi de 315,4%, o que corresponde a um acréscimo absoluto de 3,9 milhões entre 2001 e 2012.  Na maioria delas o crescimento foi superior ao crescimento nacional.  Em média, foram adicionadas a frota metropolitana 327.411 motocicletas a cada ano.

Em São Paulo, o acréscimo foi superior  a  1 milhão,  o  que  representou  um  aumento relativo de 281,2% no número de motocicletas na metrópole paulistana.

No Rio de Janeiro, no período analisado, a frota de motocicletas triplicou, passando de pouco mais de 98 mil para 472 mil. O  crescimento  relativo  é,  inclusive,  maior  que  as médias  nacional  e  metropolitana.  O aumento absoluto de aproximadamente 374 mil motos correspondeu a um acrescimento relativo de 381,2%.