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Frederico de Holanda, professor da UnB e pesquisador do INCT Observatório das Metrópoles, lança a 2ª edição do livro “10 mandamentos da arquitetura”, no qual foca, em linguagem acessível, as questões controversas da arquitetura: seu conceito, modos de produção e respectivas implicações sociais, história e teorias do conhecimento.

Veja a seguir a sinopse do livro assinada pela autor.

10 MANDAMENTOS DA ARQUITETURA – 2ª Edição – SINOPSE

Frederico de Holanda

Os mandamentos focam questões controversas da arquitetura: seu próprio conceito; diversos modos de sua produção e respectivas implicações sociais; relações entre arquitetura e comportamentos; interesses sociais conflitantes e suas relações com a configuração de edifícios e cidades; distinção entre o fato produzido e a intenção por trás dele; arquitetura e concepção de lugar; dois tipos de implicações da arquitetura – as sintáticas(implícitas à configuração) e as semânticas (convencionais, circunstanciais e históricas); uso da história; teorias do conhecimento.

Lê-se nesta obra que a arquitetura é uma propriedade dos lugares que afeta corpos e mentes. Integra a vida das pessoas, sua identidade como seres sociais. É uma de nossas inúmeras faces.

Não é simples cenário, pois. Resulta das circunstâncias sociais e naturais onde é produzida. Uma vez realizada, mexe com nossa vida, tem efeitos práticos e expressivos nos nossos modos de agir, sentir e pensar, por vezes imprevistos.

O conceito de arquitetura amplia-se em vários sentidos: a arquitetura “de grife” e a popular, anônima; a arquitetura de prédios e a de ruas, bairros, cidades; a arquitetura dos artefatos e a da paisagem natural.

O livro é redigido numa espécie de conversa com o leitor, em linguagem acessível, sem utilizar jargão profissional ou científico, entretanto com a precisão e a profundidade desejáveis mesmo numa obra introdutória: ele visa primordialmente ao público leigo e aos calouros de arquitetura – a arte do espaço. Inscreve-se, portanto, entre obras de “divulgação científica”. Atenção primeira para com o público leigo, sim, mas de forma que arquitetos, professores e pesquisadores da área e de áreas afins não o sintam banal, mas provocativo – pelas ideias contidas e pela maneira de examiná-las. Como é da tradição, leituras complementares são sugeridas para aprofundar o assunto, ao final do livro.

A obra pertence à linha das coleções “primeiros passos”, “uma introdução a…”, “que sei sobre…”, “o que é…?”, mas contrasta com elas em tamanho: é maior que os exemplos tradicionais. Uma busca na rede mundial de computadores revelará obras similares sobre o assunto, de autores brasileiros e estrangeiros. Entretanto, a discussão sobre qualquer tema não se esgota, o conhecimento não para, o mundo se transforma, ideias são eternamente revisitáveis. Mormente em questões controversas.

O livro traz muitos exemplos de Brasília, cidade em que vive o autor, e objeto de suas pesquisas há mais de quatro décadas. Entretanto, a obra lida com uma evidência empírica mais ampla, no tempo e no espaço – explora-se a potencialidade das análises comparativas. Propõe-se uma tipologia que foca primordialmente as implicações sociais da arquitetura: relações arquitetura x sociedade não são lidas como deterministas, mas como relativas a um campo de possibilidades (que podem ou não ser exploradas) e um campo de restrições (que podem ou não ser superadas), concomitantemente. Dos estudos, emerge uma identidade de Brasília como, ao mesmo tempo, uma cidade de excepcionais qualidades e graves problemas urbanísticos.

Nesta segunda edição, foram feitos ajustes de forma, correções de erros detectados, uma pequena complementação de conteúdo e de bibliografia, e alguma atualização de dados.