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O Observatório das Metrópoles, o Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico (Instituto do Ceará), e a Pós-Graduação em Geografia da UFC convidam para o lançamento dos livros: Da cidade à metropole: (trans) formações urbanas em Fortaleza e Vulnerabilidade socioambiental na região metropolitana de Fortaleza, na próxima sexta-feira (16.04.10) às 15 horas no Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico).

O livro Vulnerabilidade socioambiental na região metropolitana de Fortaleza organizado por Clélia Lustosa e Eustógio Dantas é o resultado de pesquisas sobre Desigualdades Econômicas e Vulnerabilidade Socioambiental desenvolvidas pelo Núcleo Fortaleza da rede nacional Observatório das Metrópoles, financiada pelo CNPq. A vulnerabilidade socioambiental percebe-se, principalmente, em áreas mais pobres, nas quais o intenso processo de crescimento das cidades não foi acompanhado de políticas apropriadas de geração de emprego e renda, implantação de infra-estrutura e serviços, bem como construção de habitações populares. Cria-se, nestes termos, uma massa de população vulnerável socialmente e a estabelecer-se em áreas vulneráveis ambientalmente (áreas de risco, favelas, cortiços, vazios urbanos e áreas de preservação ambiental), locais sem infra-estrutura, principalmente sem saneamento básico. Apresenta-se a reflexão em torno da noção de vulnerabilidade social, resultante da incapacidade da população vulnerável de enfrentar os riscos e  de se aproveitar da estrutura de oportunidades oferecidas na cidade.

A presente obra se estrutura em duas partes. A primeira de caráter introdutório fornece informações sobre a metrópole de Fortaleza e como se ela se constituiu no tempo: José Borzacchiello da Silva trata da institucionalização da RMF; Eustógio Wanderley Correia Dantas dos fronts de modernização das metrópoles; Luiz Renato Pequeno da problemática da habitação e Vera Mamede Aciolly da Mobilidade. A segunda adentra na discussão em foco com apresentação e discussão dos conceitos fundamentais (vulnerabilidade, vulnerabilidade social, riscos ambientais, vulnerabilidade ambiental e vulnerabilidade socioambiental), da metodologia de construção do banco de dados e finaliza com indicação de estudos de caso a utilizarem-se da metodologia esboçada na Rede de Pesquisa.

Na seqüência tem-se: Maria Clélia Lustosa Costa  reflete sobre a vulnerabilidade social, enfatizando os aspectos econômicos e os arranjos familiares; Sara Rosa Vieira et al. apresentam a metodologia utilizada na elaboração do Banco de Dados sobre vulnerabilidade socioambiental; Maria Elisa Zanella et al., com base nos estudos anteriores sobre vulnerabilidade social e no mapa síntese de vulnerabilidade socioambiental, identificam e refletem sobre as áreas de  vulnerabilidade sócio ambiental na RMF; Cleide Bernal e Zulmira Bonfim, analisam a relação existente entre pobreza, vulnerabilidade social, violência e condição de moradia da população da RM F. No final dois estudos de casos: Fabiano Lucas Freitas e et al. tratam da violência e vulnerabilidade social no Jardim das Oliveiras (Fortaleza – Ceará) e Sara Rosa Vieira et al. analisam uma área de vulnerabilidade socioambiental no litoral oeste da RMF, classificada como de tipologia socioespacial média, marcada por conflitos de uso e ocupação do solo, fortes pressões do mercado imobiliário, turístico e de ocupações informais e de fragilidade ambiental.

 

O livro De cidade a metrópole: (trans) formações urbanas em Fortaleza foi construído a partir da associação estabelecida entre três professores-pesquisadores associados ao Observatório das Metrópoles (Eustógio Wanderley Correia Dantas, Maria Clélia Lustosa Costa e José Borzacchiello da Silva) e da colaboração da professora-pesquisadora (Maria Salete de Souza) a disponibilizar texto clássico da área.

Nos últimos decênios produziu-se largamente sobre a cidade de Fortaleza. Obras clássicas, datadas e representativas de suas épocas, constituem um acervo rico, mas lamentavelmente co m disponibilidade reduzida, principalmente quando se referem a resultados de trabalhos de pesquisa não veiculados em livros e periódicos. A necessidade de compreensão da cidade na atualidade impõe considerar estas fontes, elucidativas de uma época e indicadoras das tendências postas à política de modernização empreendida na cidade e de constituição da metrópole.
No sentido de propiciar acesso a trabalhos imprescindíveis no entendimento da influência da dinâmica passada (história do espaço) na construção da morfologia urbana contemporânea, organizou-se, no bojo do Observatório das Metrópoles e contando com recursos do Instituto do Milênio (CNPq), o presente livro, com disponibilização, em novo formato, de textos produzidos nos anos 1970, 1980 e 1990:

A produção de DE CIDADE A METRÓPOLE se tornou possível graças ao apoio de pessoas e instituições, remetemos aqui, no primeiro domínio, à ambiente de pesquisa em rede, característico do Observatório das Metrópoles, que nos instigou a construir esta obra, no segundo domínio, ao apoio financeiro dado pelo CNPq (Instituto Milênio) ao desenvolvimento de pesquisa sobre o fenômeno metropolitano brasileiro.