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Em artigo para a Regional Studies Association (RSA), Hipólita Siqueira, professora do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ), aborda a reprimarização para além da visão meramente macroeconômica, incluindo a perspectiva territorial.

Disponível em espanhol e inglês, o texto intitulado Reprimarización territorial: preguntas sobre el desarrollo regional y la urbanización en Brasil (Territorial reprimarization: Questions regarding regional development and urbanization in Brazil) faz parte da série “Perspectivas latino-americanas sobre estudos regionais”, promovida pela RSA.

Segundo a autora, “o debate sobre recursos naturais e desenvolvimento econômico parece centrar-se no potencial de criação de complexos produtivos e grupos territoriais em regiões especializadas na produção e exportação de matérias-primas, ignorando as diferentes configurações do enclave”. Siqueira argumenta que, quanto aos estudos sobre desenvolvimento regional, cabe reexaminar e rever a pertinência da utilização desse conceito historicamente importante para o desenvolvimento da América Latina.

Porto Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo (Agência Brasil).

No contexto das especificidades da estrutura produtiva regional brasileira, além das questões impostas pelo cenário internacional, a autora afirma que nos deparamos com uma visão macrogeográfica muito mais complexa do desenvolvimento regional no país.

“A clássica discussão baseada nas tendências macrorregionais de concentração e desconcentração da atividade produtiva, caracterizada em períodos anteriores no contexto da integração dos mercados nacionais e da industrialização (1930-80), agora enfrenta importantes limitações. O aumento da heterogeneidade macrorregional brasileira, com o surgimento de sub-regiões com maiores taxas de crescimento e produtividade, bem como a crescente importância das cidades médias em regiões impulsionadas pela mineração e pelo agronegócio, tornaram-se mais relevantes nos tempos atuais de maior internacionalização e reprimarização econômica”, aponta.

Leia o texto completo em: regionalstudies.org/news/blog-reprimarizacion-territorial-preguntas-sobre-el-desarrollo-regional-y-la-urbanizacion-en-brasil