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Por Bruna Santiago e Clelia Lustosa*

O evento “Trilhas Urbanas: Fortaleza e o Direito à Cidade” foi realizado pelo Laboratório de Planejamento Urbano e Regional (LAPUR-UFC), integrante do Núcleo Fortaleza do Observatório das Metrópoles, nos dias 14 e 15 de abril, em comemoração ao aniversário de 297 anos da cidade.

Com mais de 20 anos de existência, “Trilhas Urbanas” é um projeto de extensão no qual monitores da graduação e pós-graduação do curso de Geografia da UFC acompanham estudantes de diferentes instituições em percursos a pé, ao longo de pontos importantes de Fortaleza. Os percursos acontecem principalmente no centro histórico e suas imediações, onde germinou a cidade, proporcionando uma leitura geográfica do espaço e discussões críticas acerca do processo de transformação da paisagem.

Esse evento se deu em parceria com o Instituto do Ceará, instituição fundada em 1887 que tem como objetivo estudar o estado, principalmente nos temas da História, da Geografia, da Antropologia e disciplinas similares.

No primeiro dia, a abertura das comemorações se deu no Palacete Jeremias Arruda, edifício do início do século XX que sedia o instituto. Foi realizada uma visita guiada ao edifício e, em seguida, ocorreu uma homenagem ao arquiteto Liberal de Castro, professor emérito da UFC, fundador do Curso de Arquitetura e Urbanismo e uma das principais autoridades brasileiras na área de patrimônio histórico, cultural e arquitetônico, falecido no ano anterior. Após a homenagem, aconteceu a mesa de abertura “Cidadania e Direito à Cidade” com a participação de Filomeno Moraes, professor da Pós-Graduação em Ciências Políticas da UECE e em Direito da Unifor, além de sócio efetivo do Instituto do Ceará; acompanhado de Alexandre Queiroz, coordenador da Pós-Graduação em Geografia da UFC e pesquisador do Núcleo Fortaleza.

Arquiteto Liberal de Castro, professor emérito da UFC, fundador do Curso de Arquitetura e
Urbanismo (1926 – 2022).

Mesa de Abertura “Cidadania e Direito à Cidade”, com os professores Filomeno Moraes (esquerda) e Alexandre Queiroz (direita), com mediação de Profa. Clelia Lustosa (centro).

No dia seguinte, foram realizadas as trilhas, no turno da manhã. A atividade contou com a presença de cerca de 200 pessoas, dentre eles alunos do ensino fundamental e médio, graduação e pós-graduação, além de presenças especiais como Goretti Tavares, professora da UFPA e coordenadora da área da Geografia na CAPES; e Olga Lucia Castreghini de Freitas, professora da UFPR e pesquisadora do Núcleo Curitiba do Observatório das Metrópoles. O grupo foi dividido em quatro roteiros:

  • Espaço de Vida e Morte (Coordenadora: Clelia Lustosa): Apresentação dos espaços simbólicos de vida (lazer), doença e morte.
  • Fortaleza e o Mar (Coordenador: Gleilson Angelo): Discussão sobre como o mar influenciou o traçado urbano da cidade de Fortaleza e como essa relação se transformou ao longo dos séculos.
  • Espaço do ócio e do Negócio (Coordenadores: Alexsandra Muniz e José Borzacchiello da Silva): Trata de áreas de lazer em contraponto com os espaços de trabalho e consumo.
  • Geometria Territorial do poder (Coordenador: Alexandre Queiroz): Aborda aspectos políticos da formação de Fortaleza, destacando o poder religioso, executivo, cultural, militar e médico.

O projeto “Trilhas Urbanas” está inserido na agenda do Núcleo Fortaleza, pensado com o objetivo de discutir o tema da Reforma Urbana e do Direito à Cidade, em consonância com os debates da rede nacional do Observatório das Metrópoles.

Concentração para o início das trilhas no auditório do Instituto do Ceará. Na mesa, da esquerda para a direita: Professores Goretti Tavares; Olga Lucia Castreghini de Freitas; Clelia Lustosa, José Borzacchiello; Alexandre Queiroz; Gleilson Angelo e Alexsandra Muniz.

Participantes e Monitores da trilha Espaço do Ócio e do Negócio na Praça do Mártires em Fortaleza.

Monitores Nathália Costa e Anderson Marreira da trilha Fortaleza e o Mar, na Praça do Ferreira, em Fortaleza.

* Pesquisadora e Coordenadora do Núcleo Fortaleza do Observatório das Metrópoles.