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Imagem da reportagem Violências invisíveis em FortalezaImagem da reportagem Violências invisíveis em Fortaleza

A violência letal que se expressa nos altos índices de homicídio tem uma relação estreita com a violação de direitos básicos, como acesso à educação, ao saneamento e à habitação, a que é submetida grande parte da população. Para mostrar essa relação entre violência e ausência de direitos, o jornal Tribuna do Ceará produziu a reportagem especial “Violências invisíveis em Fortaleza: direitos básicos faltam onde a criminalidade é iminente”. A matéria especial mostra também o mapa dos assentamentos precários na capital do Ceará.

A Rede Observatório das Metrópoles divulga a reportagem para valorizar os trabalhos jornalísticos que buscam produzir narrativas mais completas e profundas sobre os problemas urbanos.

VIOLÊNCIAS INVISÍVEIS EM FORTALEZA

Mais de 40% da população de Fortaleza – a quinta maior capital do Brasil – vive em áreas de assentamentos precários: lugares de produção de injustiça, de segregação e de extrema desigualdade sócio-espacial. Nesses territórios, o acesso a direitos básicos, como educação, saúde e lazer, é ínfimo ou inexistente. É em meio a esse abandono que se estabelece uma série de violências que culminam nos altos índices de homicídios no Estado.

O Tribuna do Ceará conheceu de perto a realidade de uma dessas áreas que integram a lista de assentamentos precários segundo a Prefeitura de Fortaleza: o bairro Arraial Moura Brasil. A zona tem um dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixos da Capital: 0,284, igual ao IDH de Moçambique, na África, o quinto pior do mundo.

O bairro carrega um ranço histórico de ser área de concentração de pobreza. Sua formação, no final do século XIX, começou com a chegada de retirantes da seca no sertão cearense, que seguiam os trilhos do trem até a Capital. Sem assistência, a região se estigmatizou pela prostituição e pelos bares.

Hoje, ao mesmo tempo em que sedia o Marina Park Hotel – símbolo do turismo de Fortaleza – o Moura Brasil também é o território da favela conhecida como Oitão Preto, considerada a “Cracolândia” de Fortaleza e ilustrada como “terra de zumbis” por quem já cruzou sua área na madrugada.

Resolver o problema dos índices de mortes violentas passa por sanar a realidade subumana em que vive quase metade da população, pontuam especialistas. Em setembro de 2017, o Ceará superou o total de homicídios de todo o ano de 2016. O tráfico de drogas é uma das marcas do Oitão Preto. E uma das raízes da explosão dessa violência.

Acesse a reportagem completa no site do Tribuna do Ceará.

Publicado em Notícias | Última modificação em 09-11-2017 10:48:29