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Nos dias 07, 08 e 09 de março, o Núcleo de Pesquisa em Gênero, Espaço e Políticas Públicas (NUGEPP), vinculado ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ), promove a “Semana 8M: perspectivas para integração“. Com apoio do Observatório das Metrópoles, o evento tem por objetivo debater questões urgentes para a luta contra todas as formas de violência e opressão.

As atividades incluem uma mesa de abertura no formato online (através do canal da Agência IPPUR) com a presença de Diana Helene (FAU/UFAL) e Rossana Brandão Tavares (EAU/UFF), a participação no ato mundial do 8M na cidade do Rio de Janeiro (Candelária) e uma roda de conversa no formato presencial (na Faculdade de Letras da UFRJ) com Jessica de Castro Santana (Movimento de Mulheres Olga Benario). 

A seguir, confira o texto de apresentação do evento:

As mulheres ocupam a linha de frente das lutas populares por direitos e melhores condições de vida, seja nos espaços públicos e privados, nas ruas, nas redes, no território. Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher conhecido mundialmente como 8M, rememoramos a história dos movimentos feministas e de mulheres, que diversas vezes se enreda na busca pelo direito à cidade. Quando reivindicamos moradia e transporte de qualidade, acesso à terra, aos recursos naturais e a justiça social, quando combatemos a fome, e pedimos por acesso ao trabalho, educação e o reconhecimento do trabalho reprodutivo, quando bradamos pela destruição dos tetos de vidros e da LGBTQIA+fobia, pela defesa do ecossistema e por políticas públicas de cuidado e de valorização da vida, estamos também lutando por usufruir das cidades.

Nesse sentido, é preciso discutir qual o papel do Planejamento Urbano e Regional, e da Gestão Pública nas diversas categorias sociais, culturais, econômicas, políticas e  territoriais, na interseccionalidade gênero e raça? De que maneira a luta histórica dos movimentos feministas e de mulheres atravessa as ações do planejamento urbano e regional e da gestão pública? Qual a responsabilidade do campo PUR em transformar – ou manter – as desigualdades e injustiças enfrentadas por todas as mulheres na sociedade? Como o nosso campo pode contribuir para desenvolver ferramentas teóricas e práticas que colaborem na construção de uma sociedade baseada na igualdade e equidade de gênero e raça?

O mês de março é um momento oportuno para desenvolvermos reflexões sobre as questões levantadas acima, e de criarmos estratégias que possam avançar na luta contra a injustiça, desigualdade e violência. Ademais, este ano de 2023 traz como cenário político e social a busca pela reconstrução do Brasil. E, para que possamos costurar as profundas fendas que foram abertas, será preciso revisitar o passado, reparar erros históricos e desnaturalizar as injustiças sobre as quais estão apoiadas nosso próprio mito fundador, de maneira transversal e integrada.

Essa semana, elaborada pelo NUGEPP e pelo PPGPUR, abrirá o ano letivo de 2023 colocando no centro do debate essas e outras questões urgentes para se projetar um Brasil livre de todas as formas de violência e opressão!