Skip to main content

Foi publicado na revista Cadernos do Desenvolvimento Fluminense o artigo “Mobilidade pendular e transformações econômicas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro“, de autoria de Clarice Antoun Martinho. A pesquisa é fruto da tese de doutorado da autora no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ), sob orientação de Marcelo Ribeiro, coordenador do Núcleo Rio de Janeiro do INCT Observatório das Metrópoles.

O estudo investiga como o fenômeno da mobilidade pendular – os deslocamentos cotidianos entre municípios para fins de trabalho – se relaciona com as transformações econômicas ocorridas entre os Censos de 1980 e 2010. A partir de uma análise detalhada dos dados censitários, o artigo demonstra que, apesar do aumento absoluto no número de trabalhadores pendulares, houve uma redução relativa da pendularidade na periferia metropolitana, indicando maior absorção da força de trabalho em municípios fora da capital.

A autora destaca que a reestruturação econômica da metrópole fluminense, marcada pela perda de importância da indústria e o avanço do setor de serviços, influenciou diretamente o padrão de deslocamento dos trabalhadores. Em 2010, os serviços já respondiam por três quartos dos fluxos pendulares, enquanto a indústria de transformação registrava forte retração.

O artigo também chama atenção para os efeitos da espoliação urbana, da precariedade dos transportes públicos e da segregação socioespacial, que tornam o deslocamento cotidiano mais difícil e desigual. A publicação está disponível em: www.e-publicacoes.uerj.br/cdf/article/view/89392

Divulgação Metrô Rio.

Confira o resumo:

O objetivo deste artigo é demonstrar como se manifestou a mobilidade pendular na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) nos dois momentos históricos, retratados nos Censos Demográficos de 1980 e de 2010, do ponto de vista das transformações econômicas nesse território. Se por um lado, o processo de periferização mostra-se como elemento da metropolização, por outro, para compreender a evolução da dinâmica metropolitana em termos da distribuição e movimentação de pessoas e atividades, é preciso analisar a sua estrutura econômica. Através de dados sobre ocupações no mercado de trabalho exercidas por trabalhadores que fazem mobilidade pendular é possível contribuir para a análise sobre as transformações econômicas na região metropolitana. Observa-se que enquanto as atividades industriais se retraem neste território, as atividades de serviços se expandem. Os dados e análises foram produzidos na pesquisa de tese de doutorado da autora Martinho (2023) realizada no IPPUR/UFRJ.

Palavras-chave: mobilidade pendular, região metropolitana, estrutura produtiva.

Leia o artigo completo, CLIQUE AQUI.