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isbn | 9786552521507
Estrutura social familiar nas metrópoles brasileiras
Este livro apresenta resultados de pesquisa que inova na formulação da representação da estrutura social familiar nas metrópoles brasileiras ao defini-la de modo multidimenbrasileiras multidimensional e relacional, constituindo sete tipos de posição social familiar, que expressam desigualdades verticais ou hierárquicas e diferenças horizontais: Alta, Média-alta I, Média-alta II, Média I, Média II, Baixa I e Baixa II.
Esse resultado só foi possível porque a família foi considera de acordo com cinco dimensões que a estruturam: o arranjo familiar, a configuração de classe, a composição racial, o clima educativo e a composição de renda. Cada uma dessas dimensões foi operacionalizada para classificar as famílias que vivem nas metrópoles do país, considerando que sua conformação contribui para a análise de suas condições sociais e, também, das estratégias de reprodução de seus membros.
Embora cada uma das dimensões tenha recebido tratamento rigoroso na sua classificação, vale destacar o modo como a composição de renda foi definida. Essa dimensão foi classificada a partir das categorias são que expressam os princípios de integração econômica de Karl Polanyi, adaptada para a realidade contemporânea, resultando em rendas proveniente do mercado patrimonial, do mercado de trabalho protegido, do mercado de trabalho não protegido, de redistribuição por aposentadoria, de redistribuição por transferências governamentais, de redistribuição por serviços públicos e gratuitos, de reciprocidade e de domesticidade. Cada uma dessas categorias de renda expressa os tipos de rendimento que circulam no interior da família.
O estudo que resultou nesta obra integra a Rede Nacional de Pesquisa INCT Observatório das Metrópoles, sendo desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Metrópole, Economia e Sociedade (GP-MES) no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ) e contou com financiamento do CNPq via Chamada Universal de 2023.
O resultado aqui apresentado é parte de uma investigação mais ampla sobre as famílias, a partir da utilização dos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa investigação procura avançar na compreensão das desigualdades sociais nas metrópoles brasileiras, analisando a estrutura social familiar e as estratégias familiares de reprodução social, a partir de suas condições de moradia, de suas despesas domiciliares e de suas localizações territoriais.
No entanto, você tem mãos apenas a primeira parte dessa investigação, que diz respeito à estrutura social familiar. Considerar essa estrutura, coloca-se como um passo fundamental para a compreensão das desigualdades sociais nas metrópoles do país – espaços onde as condições de reprodução social parecem ser baseadas em mecanismos de mercado, por excelência, mas que alguns resultados já presentes nesta obra coloca em questionamento.
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