8M e a produção de cidades mais justas e equitativas

A pandemia de Covid-19 jogou luz e aprofundou as desigualdades no espaço urbano, em especial, nas cidades latino-americanas. A crise sanitária e de bem-estar evidenciou uma série de dificuldades e desafios vividos no cotidiano, ligados à divisão sexual do trabalho e à relação entre atividade produtiva e reprodução da vida. Na prática, o contexto pandêmico significou a sobrecarga de trabalho para as mulheres, especialmente as de menor renda, que além do trabalho remunerado e das tarefas de cuidado que já realizavam, passaram a se responsabilizar pela família em tempo integral. No marco do trabalho conjunto desenvolvido entre grupos de pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Nacional de Tucumán (UNT), apresentamos a reflexão de Natalia Czytajlo, Elisa Siqueira e Kamila Silva a respeito dos desafios na produção de nossas cidades como territórios mais justos e equitativos, essencial para a construção de um futuro com dignidade e justiça socioespacial.