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verAcidade: estética (dês)construtiva dos elementos urbanos

Crédito da Foto: Gabriela Brandão

Neste ensaio fotográfico para a Revista e-metropolis nº 29, Gabriela Brandão retoma a ideia do flâneur como um gesto exploratório e de investigação acerca da realidade urbana que deveria ser mais usado por arquitetos e urbanistas. Flanando pela cidade, tomando o corpo e suas sensações como forma de registro, a autora captura elementos que constituem uma espécie de “estética construtiva urbana”.

“Quer conhecer uma cidade? Flane por ela. Ela é o fenômeno, e o ato de flanar é a postura investigativa. A cidade se desvelará no devir dessa interação”. É desse modo que a pesquisadora Gabriela Brandão convida e provoca para o ato de conhecer a cidade no seu Ensaio Fotográfico “verAcidade: estética (dês)construtiva dos elementos urbanos”.

EDIÇÃO Nº 29

VERACIDADE: ESTÉTICA (DÊS)CONSTRUTIVA DOS ELEMENTOS URBANOS

Por Gabriela Brandão

verAcidade é uma pesquisa autoral permanente surgida da curiosidade pelo modo como o todo de uma cidade se constrói a partir de elementos e detalhes evidentes, mas pouco notados. Essa pesquisa abarca diversas temáticas e desvela maneiras de ver a cidade de verdade. Os registros desse projeto não surgiram para atender a uma pesquisa. A pesquisa é que foi desvelada com os registros. Primeiro, houve a inquietação que me moveu a vagar pela cidade fotografando cenas e elementos sem uma linha consciente de aporte conceitual. Depois de algumas incursões exploratórias e aleatórias, desvelou-se certa unidade naqueles registros, que ecoou com minhas reflexões sobre a arquitetura e o urbanismo. Nesse processo, uma ferramenta importante é o ato de flanar. Flanando sou instigada por elementos e cenas evidentes, mas pouco notados no cotidiano urbano. verAcidade é possível a partir de uma flanêrie, um caminhar despretensioso e aleatório, um deixar-se levar.


Este ensaio reúne registros sobre uma estética construtiva urbana, uma beleza escancarada ocultada pelo nosso não olhar acostumado. Elementos ordinários e desprezados que, por vezes, nos fazem tropeçar pela cidade. Estética desvelada no instante em que se olha a cidade na escala que o corpo experiencia; estética que fascina pela surpresa e encantamento. Ver a cidade de verdade guarda tantas possibilidades quantas forem as pessoas dispostas a olhar: uma cidade são muitas.

Veja o ensaio completo na edição nº 29 da Revista eletrônica e-metropolis.