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Duas importantes obras organizadas por pesquisadores do INCT Observatório das Metrópoles foram destaque na Bienal do Livro Rio 2025, realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. A nova urbanização dependente no capitalismo rentista-neoextrativista e Desenvolvimento urbano e governança: para uma agenda do Norte Fluminense foram expostas e comercializadas no estande da Letra Capital Editora.

“Os visitantes ficaram impressionados com a qualidade das publicações e dos conteúdos produzidos pelo Observatório. A presença da rede no estande trouxe muito valor para a editora”, destacou o editor da Letra Capital, João Baptista Pinto. Segundo ele, o domingo (22), último dia da feira, foi o ponto alto das vendas, com grande procura pelos livros do Observatório.

Lançada durante o XXI ENANPUR (Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional), promovido em maio, em Curitiba, a coletânea A nova urbanização dependente no capitalismo rentista-neoextrativista foi organizada pelo coordenador nacional do Observatório, Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, e pelo pesquisador do Núcleo Rio de Janeiro, Nelson Diniz. “Esse livro expressa a construção de um quadro teórico novo que dê conta das novas dinâmicas da produção do espaço na escala local, urbana, metropolitana e regional, decorrentes da natureza das nossas relações atuais de dependência, cuja compreensão é absolutamente fundamental para entendermos as novas dinâmicas territoriais que estão hoje nos organizando como território”, ressaltou Ribeiro.

Já o livro Desenvolvimento urbano e governança: para uma agenda do Norte Fluminense foi lançado em 2024, durante o II Fórum Núcleo Norte Fluminense – Cooperação Intermunicipal e Capacidades Estatais: Desafios e Possibilidades para Ações Comuns, realizado na Cidade Universitária de Macaé (RJ). A obra é dedicada ao professor Sergio de Azevedo, “pela contribuição no projeto e pela importância que sempre teve para trazer o desafio de pensar a problemática dos governos, a partir das dificuldades no contexto brasileiro de desenhar políticas”, afirmou, à época, Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, um dos organizadores do livro, juntamente com Érica Tavares, Humberto Meza e Wania Mesquita.

Parceria entre Observatório e Letra Capital já dura 16 anos

Com 16 anos de parceria, o INCT Observatório das Metrópoles e a Letra Capital Editora reafirmaram seu trabalho virtuoso durante a Bienal do Livro Rio 2025. Ao longo dos dez dias de evento, estudantes, professores, pesquisadores e leitores de diversas idades visitaram o estande no Pavilhão 4, Rua P, em busca de publicações que propõem reflexões críticas sobre as metrópoles brasileiras, os territórios e os desafios contemporâneos da sociedade urbana.

Livros do INCT Observatório das Metrópoles editados pela Letra Capital estiveram expostos no estande da editora, durante a Bienal do Livro Rio 2025.

Além dos dois livros do Observatório que ganharam destaque entre os lançamentos da editora, diversos outros títulos da rede estiveram disponíveis e atraíram grande interesse do público durante toda a programação da Bienal. A presença da rede se materializou em banners, marcadores de página e na visita de autores que contribuíram com os textos das obras, como Paulo Roberto Monsores, um dos autores do capítulo 19 do livro A nova urbanização dependente no capitalismo rentista-neoextrativista. Ele visitou o estande acompanhado de familiares e comentou um pouco de sua experiência ao contribuir com a obra: “Essa coletânea é fruto de um trabalho intenso que durou praticamente um ano, com troca entre os autores. A experiência foi ótima, foi possível resgatar um debate clássico e super pertinente sobre urbanização dependente. O capítulo que escrevi no livro, em parceria com Nelson Diniz, mostra o caso da Uber Moto no estado do Rio de Janeiro, atividade possibilitada pelas inovações tecnológicas, mas que amplia a precarização”, pontuou.

A Bienal do Livro Rio 2025 bateu um recorde histórico de público, impulsionada por dois finais de semana intensos e um feriado no meio, o que se refletiu nas ruas repletas de visitantes. Longas filas se formaram nos estandes, e era comum ver pessoas saindo com sacolas, bolsas e até malas recheadas de livros. A edição de 2025 reuniu 740 mil visitantes, registrando um crescimento de 23% em relação à edição anterior. Em um clima de celebração, alimentado pelo reconhecimento do Rio de Janeiro como Capital Mundial do Livro, o evento reforçou a importância da literatura e da produção científica como caminhos para a transformação social e a democratização do conhecimento.

*Com informações do G1 e da Agência Brasil.