Skip to main content

O I Fórum de Desenvolvimento Metropolitano RMBH foi realizado nos dias 9 e 10 de novembro de 2018, na Escola de Arquitetura da UFMG, com o tema Mobilidade Urbana. Organizado pelo Núcleo Belo Horizonte do Observatório das Metrópoles e articulado ao projeto “As Metrópoles e o Direito à Cidade: conhecimento, inovação e ação para o desenvolvimento urbano (2015-2020)”, o evento teve como objetivo promover a articulação entre sociedade civil, academia e poder público para discutir e construir ações voltadas para temas centrais à vida metropolitana. O evento integra uma das ações da linha extensionista do Observatório das Metrópoles, estando também articulado ao projeto Práticas de Cidadania Metropolitana, coordenado pelo Lab-Urb (EA/UFMG).

A primeira edição do Fórum envolveu um público ampliado e interessado em debater e construir propostas para os problemas de mobilidade da RMBH, com atividades simultâneas, como oficinas, intervenções artísticas, instalações, exposição de trabalhos, feira na rua, palestras e debates. Foi aberto um edital público de chamada de atividades para que grupos, organizações e demais interessados pudessem inscrever trabalhos e propostas para compor a programação do evento. Mais de 30 propostas foram enviadas e a maior parte foi incorporada na estruturação do Fórum. O evento ainda contou com mais de 400 inscritos e 240 participantes efetivos durante os dois dias, incluindo moradores de pelo menos 17 municípios da Região Metropolitana, além de apresentações do Rio de Janeiro e de Salvador e uma videoconferência de Santiago. Estiveram presentes pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, representantes de movimentos sociais e coletivos metropolitanos, gestores públicos, além de interessados pelo tema.

O Fórum foi aberto com palestra do prof. Luiz César Ribeiro (coordenador nacional Observatório das Metrópoles) e contou ainda com a realização de mesas-redondas, apresentações sobre políticas públicas, participação social, experiências institucionais e meio ambiente; palestras e oficinas que abordaram as relações entre mobilidade e saúde, mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e espaço urbano; conferência de encerramento, com convidado externo, e análises abrangentes de interesse aos participantes do evento; videoconferências com especialistas analisando as possibilidades de integração entre pesquisas e políticas de mobilidade; mesas redondas com convidados representando coletivos da sociedade civil, poder público e academia, ligando o tema da mobilidade a questões referentes ao planejamento metropolitano e também fomentando o debate acerca da transversalidade da mobilidade; roda de conversa sobre mobilidade e gênero; exposições artísticas simultâneas às demais atividades com exposição fotográfica e audiovisual; apresentação cultural de grupo de percussão; e feira de rua com exposição e comercialização de produtos artesanais diversos.

A potência do evento se evidenciou na diversidade de temas e de grupos presentes, como também na sua capacidade não apenas de atrair interessados, mas também de articular diferentes atores da região metropolitana. A avaliação geral foi de que a realização do Fórum superou as expectativas e promoveu a aproximação entre saber científico, demandas e ações da sociedade civil e práticas do poder público, criando um espaço de trocas e construção conjunta sobre a mobilidade urbana.

*Por Luísa Lopes Greco, pesquisadora do Observatório das Metrópoles Núcleo Belo Horizonte.