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Observatório lança livro “Cidade e Espetáculo”

By 17/04/2013janeiro 19th, 2018Eventos, Publicações

O INCT Observatório das Metrópoles e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra convidam para o lançamento do livro “Cidade e Espetáculo: a cena teatral luso-brasileira contemporânea”, no dia 23 de abril, no Auditório Paulo Freire, em São Paulo. Dividida em três partes – A Cidade imaginada em cena, Visualidades e espetacularidades na cidade, A Cidade como metáfora –, a publicação reúne trabalhos de autores brasileiros e portugueses a fim de mostrar as dissonâncias e as similaridades das cenas teatrais, sociais e culturais nesses dois países.

Organizado por Carlos Furtuna, Lucia M. M. Bógus, Maria Amélia Jundurian Corá e José Simões de Almeida Junior, o livro “Cidade e espetáculo: a cena teatral luso-brasileira contemporânea” se deve a uma iniciativa do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP e do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, que, durante três dias, na PUC-SP, organizaram discussões importantes sobre cidade, teatro, educação, política e cidadania; reflexões baseadas na convivência próxima e, ao mesmo tempo, na preocupação com as questões que envolvem um espetáculo e a infraestrutura das grandes cidades, a partir da perspectiva das políticas culturais.

 

Lançamento

Cidade e espetáculo: a cena teatral luso-brasileira contemporânea

Local: Auditório Paulo Freire, Anfiteatro Superior do TUCA, Rua Monte Alegre, 1024.

Data: 23 de abril

Horário: 18h 30min

 

Leia a seguir a Apresentação do livro feita por Carlos Furtuna.

Os textos que compõem este livro, portanto, são apenas pré-textos que convidam a refletir sobre a cidade como eterna representação.

Sabemo-lo bem, tal cidade-representação corresponde ao clássico theatron: aquilo que tem de ser visto. Nunca foram outra coisa, as cidades. Umas vezes no seu todo, outras vezes do detalhe dos seus recantos de vida e arquitetura, a cidade é aquilo que merece ser visto. Assim, a cena urbana mistura-se, justapõe-se, mistura-se e confunde-se com a cena teatral. Desdramatiza-se a cidade deste modo, num ato que se desdobra em contínua fabricação de neoteatralidade. A cidade neo-teatralizada é a cidade que se descobre e revela e torna natural a cada momento. Pela mão do teatro, mas pelas suas próprias mãos também. Mostra as disparidades e as caóticas misturas de sentidos de que é feita. Admiração e repulsa, desdém e melancolia. O drama sempre renovado da urbanidade é o theatrum mundi, o palco único, dos nossos dias. Tão brutal naquilo que revela como naquilo que esconde. Luzes, por favor! Nada pode ficar encoberto. Tudo tem de ser revelado e a cidade tornada mais consciente de si. Mais autoreflexiva.

O teatro da cidade é política e culturalmente capacitante. Amplia e reforça a condição dos sujeitos-atores. Não pode haver cidade sem teatro. Na verdade, toda a cidade é teatro.

 

Última modificação em 17-04-2013