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Em artigo, o pesquisador do Núcleo Fortaleza do Observatório das Metrópoles, Renato Pequeno, analisa o processo de favelização na capital cearense. Publicado na edição nº 1 de 2023 da Revista de Geografia da UFPE, o trabalho “Quadro de mudanças da favelização de Fortaleza: marginalidade, informalidade e precariedade” reúne resultados de pesquisas realizadas pelo Laboratório de Estudos da Habitação (LEHAB/UFC).

“Ao longo dos últimos 20 anos, temos trabalhado com a temática da favelização em Fortaleza, investigando seu crescimento, sua distribuição espacial e suas relações com dinâmicas socioespaciais atreladas aos demais agentes da produção do espaço urbano. Da mesma forma, buscamos investigar as políticas públicas formuladas para o seu enfrentamento (Pequeno, 2002, 2008, 2015 e 2018; Pequeno e Carvalho, 2018; Pequeno et al., 2022)”.

O texto apresenta uma periodização referente às mudanças na visão das instituições e da sociedade relativas ao processo de favelização e às favelas como forma de moradia dos mais pobres na cidade.

Em suas conclusões, o autor defende a necessidade urgente de políticas territoriais específicas para favelas, que possibilitem o enfrentamento dos diversos aspectos que as caracterizam como assentamentos urbanos precários.

Figura 1 – Fortaleza: distribuição espacial das favelas em 1963. Fonte: elaborado por Sara V. Rosa e Renato Pequeno (2022) reconstituindo cartografia presente no Plano Diretor de Fortaleza de 1963 sob a coordenação do arquiteto Helio Modesto.

Confira o resumo:

A favelização é um processo marcante na urbanização de Fortaleza. Este artigo propõe uma periodização desse processo, com base em mudanças no tratamento da questão pelas instituições. Para isso, reunimos resultados de pesquisas que realizamos nos últimos 20 anos, além de consultar bases de dados e estudos conduzidos por instituições públicas estaduais e municipais. Observamos três fases no processo de favelização em Fortaleza. Em um primeiro momento, a favela é vista como espaço de marginalidade que deve ser erradicado. Em seguida, com sua expansão, os assentamentos são considerados locais de informalidade com diferenças marcantes em relação à cidade formal. Por fim, esses espaços são entendidos como assentamentos urbanos de precariedade, somando-se a outras formas de moradias dos menos favorecidos.

Palavras-chave: favela; marginalidade; informalidade; precariedade; Fortaleza.

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