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Morar nas áreas da metrópole onde há melhores condições materiais urbanas, e onde a classe alta está concentrada, proporciona menores desvantagens sociais que viver na periferia metropolitana? Esta pergunta orienta a pesquisa desenvolvida para o artigo “Segregação socioespacial e desigualdades de renda da classe popular na metrópole do Rio de Janeiro, Brasil“.

Publicado na edição nº 142 de setembro de 2021 da EURE – Revista de Estudios Urbano Regionales, o texto foi escrito por Marcelo Gomes Ribeiro e Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, respectivamente coordenador do Observatório das Metrópoles Núcleo Rio de Janeiro e coordenador nacional da rede.

O trabalho está organizado em seis seções, além da introdução. Na segunda seção, os autores discutem o modelo histórico de organização do território das metrópoles brasileiras e latino-americanas, denominado de centro-periferia. Na terceira seção, apresentam algumas abordagens referentes ao efeito território, tendo em vista que são utilizados seus pressupostos para a análise subsequente. Na quarta seção constam os procedimentos metodológicos e analíticos utilizados para o teste empírico da hipótese que norteia o trabalho. Já na quinta seção, os pesquisadores refletem sobre os resultados obtidos, na perspectiva de dar uma interpretação consistente à luz do modelo de organização social do território metropolitano e do efeito território. Na sexta seção, são realizadas as considerações finais, sumarizando os principais resultados encontrados.

Favela da Rocinha (Rio de janeiro). Foto: Fernando Frazão (Agência Brasil)

Confira o resumo do artigo:

A segregação socioespacial das metrópoles brasileiras é historicamente caracterizada pelo modelo centro-periferia. Apesar dessa dicotomia observada em larga escala na análise espacial, percebe-se certa heterogeneidade social em toda a metrópole. Na medida em que existem segmentos das classes populares que residem na área central da metrópole, a questão que propomos neste trabalho é saber se as classes populares que lá vivem têm níveis de renda do trabalho diferentes em relação às classes populares que vivem na periferia da região metropolitana. Ou seja, morar nas áreas da metrópole onde há melhores condições materiais urbanas, e onde a classe alta está concentrada, proporciona menores desvantagens sociais que viver na periferia metropolitana? Os resultados da investigação demonstraram que, embora consideremos apenas a classe popular, o efeito território exerce explicação sobre as desigualdades de renda do trabalho.

Palavras-chave: segregação; desigualdade social; mercado de trabalho.

Confira o texto completo, CLIQUE AQUI.