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Lideranças e ativistas, educadores de organizações não governamentais com atuação na temática urbana e mulheres e jovens que atuam em associações, grupos culturais e redes. Este é o público-alvo do curso de formação de agentes sociais “Políticas Públicas e o Direito à Cidade”, que iniciou na última segunda-feira, 30, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A iniciativa é promovida pelo Observatório das Metrópoles, em parceria com a ActionAid, Central de Movimentos Populares (CMP) e Movimento Unido dos Camelôs (MUCA).

O principal objetivo é fornecer aos participantes um conjunto de conceitos, métodos e técnicas, visando fortalecer a prática dos ativistas nas ações de mobilização social e qualificar a atuação dos ativistas e agentes sociais. A edição desse ano também tem como foco o debate em torno da apropriação da área central pelas classes populares. “O centro é importante para toda a cidade e refletir sobre o centro é refletir sobre a nossa cidade. Este é um curso de formação de ativistas e vamos trazer elementos da prática para dentro da discussão em sala de aula”, destacou o coordenador do curso e membro do Observatório das Metrópoles, Orlando Alves dos Santos Júnior.

Instrumentos para o ativismo

O curso está estruturado em três módulos. O primeiro irá trabalhar conceitos importantes para entender os conflitos e a relação de espaço de negociação com o poder público, bem como os modelos de políticas públicas. No segundo módulo, os(as) participantes estarão focados em temáticas como urbanização de favelas e desenvolvimento urbano no Rio de Janeiro. Já o módulo três terá como foco principal o centro da cidade: morar, trabalhar e viver no centro com seus conflitos e dinâmicas.

A aula inaugural contou com as presenças dos pesquisadores do Observatório das Metrópoles e integrantes da equipe pedagógica do curso, Bruna Ribeiro e Erick Omena. A dinâmica de apresentação dos(as) participantes do curso se baseou em uma “corpografia” da cidade do Rio de Janeiro, onde todos(as) foram convidados(as) a identificar em quais locais se sentem bem e acolhidos(as), e em quais locais se sentem mal e excluídos(as). A atividade mostrou que as experiências negativas estão fortemente relacionadas com questões de gênero, raça e classe social, já as experiências positivas contém mais fatores subjetivos.

O curso segue até o final de novembro e contará com aulas que agregam questões teóricas e práticas dos tópicos, convidando integrantes de movimentos sociais e ativistas para compartilharem seus conhecimentos com os(as) participantes. Além disso, o material didático do curso é composto por textos que abordam questões como a produção capitalista do espaço; conflitos urbanos; o papel das mulheres nas lutas urbanas; justiça ambiental; direito à água, à habitação, à mobilidade e à cultura. Além de temas como militarização urbana, e a luta de resistência dos movimentos populares.

Confira os Cadernos Didáticos das edições anteriores do curso:

Confira a programação da edição desse ano: