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O Laboratório de Planejamento Urbano e Regional (Labplan), do Instituto de Políticas Públicas (IPP/UFRN), foi contemplado na chamada n° 58/2022 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Aprovado em dezembro de 2023, o Labplan ascende à condição de Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT).

Com isso, o laboratório está apto ao recebimento de recursos do CNPq, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Informação do Rio Grande do Norte (Fapern). Tal financiamento será destinado ao desenvolvimento das atividades de pesquisa do Labplan.

O novo INCT-Labplan: Estudos sobre Planejamento Urbano e Regional, coordenado pela professora Maria do Livramento Clementino e pela professora Juliana Bacelar de Araujo, congregará 20 reconhecidos pesquisadores, sendo 17 de diferentes instituições do país e três do estrangeiro.

“Esse projeto é um reconhecimento acadêmico do nosso trabalho, uma vez que um INCT é um programa de excelência do CNPq e restrito a pesquisadores de reconhecida produtividade em pesquisa. Para mim, um reconhecimento do meu trabalho e da minha contribuição à ciência brasileira”, afirma Maria do Livramento.

Focado nas questões que dizem respeito ao desenvolvimento regional, o novo INCT se propõe analisar o desenvolvimento regional e urbano no Brasil, de 2010 a 2025, partindo de um estudo transversal e multiescalar dos processos condicionantes do desenvolvimento econômico nacional, para compreender as principais transformações na estrutura produtiva, no mercado de trabalho e em distintos indicadores socioeconômicos.

Profa. Maria do Livramento, segunda da esquerda para direita, é recebida pelo presidente e equipe da FAPERN.

Está estruturado em 3 grandes linhas de pesquisa:

  1. Grandes tendências do desenvolvimento regional e seus distintos efeitos sobre o planejamento regional;
  2. Estudos Transversais: agronegócio, bioeconomia, terciário por intensidade de conhecimento, fiscalidade, meio ambiente, descarbonização, energias renováveis, mudanças climáticas e adaptação climática e infraestrutura de ensino superior, etc.;
  3. Estudos comparativos de distintos recortes espaciais, com destaque para a emergência de novos aglomerados urbanos em processo de metropolização.

Aqui se abre a possibilidade de diálogo do novo INCT com o INCT Observatório das Metrópoles. A hipótese da proposta é que os processos de financeirização, desindustrialização, reprimarização e desconcentração produtiva regional, que caracterizam o desenvolvimento brasileiro a partir dos anos 2000, têm reforçado o movimento de fragmentação econômica e territorial, especialmente diante do contexto de inflexão ultraliberal (pós-2015) e dos desdobramentos da pandemia da Covid-19.

Nesse sentido, promove mais uma vez encontro com o Observatório das Metrópoles já que dialoga teoricamente com o conceito de inflexão ultraliberal, sustentado no tripé financeirização, desindustrialização e austeridade fiscal, e no contexto da ampliação de contradições existentes pela corrosão das infraestruturas econômicas e sociais e do sistema de solidariedade territorial.

Laboratórios associados:

  • UFRN – LABPLAN (Laboratório de Planejamento Urbano e Regional) e GEPD (Grupo de Pesquisa em Economia Política do Desenvolvimento);
  • UFPA – LABCAM (Laboratório Cidades na Amazônia);
  • UFABC – LEPUR (Laboratório de Estudos e Projetos Urbanos e Regionais);
  • URCA – CEPEC (Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas).

Instituições colaboradoras:

  • Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, SP, Brasil;
  • Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, RN, Brasil;
  • El Colégio de Jalisco, Guadalajara, México;
  • Universidad de la Cienega del Estado de Michoacan de Ocampo, Sauyaio, México.

Programa INCTs

O Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia – INCTs, objeto da chamada CNPq, tem o objetivo de valorizar projetos de pesquisa de longo prazo em redes nacionais ou internacionais de cooperação científica, envolvendo pesquisadores e bolsistas das mais diversas áreas. Os contemplados devem desenvolver projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos.