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Imagem do BRT Santa Cruz — Rio de JaneiroImagem do BRT Santa Cruz — Rio de Janeiro Crédito: Prefeitura do Rio/Reprodução 

O site Rio on Watch publicou a reportagem “Caros Projetos de Transporte dos Megaeventos Não Resolveram a Mobilidade, Nem a Desigualdade”, assinado por Cerianne Robertson, mostra que os projetos de transporte realizados dentro do Projeto Rio Olímpico não melhoraram a mobilidade urbana e tampouco diminuiram a desigualdade de acesso e circulação no território do Rio de Janeiro. A matéria entrevista vários especialistas, entre eles o pesquisador Juciano Martins Rodrigues, da Rede INCT Observatório das Metrópoles, que explicou que a ênfase em transporte serviu para legitimar mais amplamente o discurso do legado Olímpico, e assim “justificar todos aqueles gastos que estavam sendo feitos”.

Juciano Martins Rodrigues argumentou ainda que as outras cidades-sede da Copa do Mundo ao redor do Brasil tiveram planos ambiciosos similares com alguns resultados desastrosos. Ele evidencia como apenas uma fração dos R$8 bilhões direcionados à desenvolvimentos em transporte através de 11 cidades-sede foi de fato gasta, mesmo enquanto diversos dos projetos implementados custaram mais que o orçamento devido à corrupção e atrasos. O pesquisador concluiu que em contraste com as afirmações grandiosas feitas no discurso do legado do megaevento, a nova infraestrutura de transporte “reproduziu um modelo de desenvolvimento urbano segregado, fragmentado, e excludente”.

A reportagem mostra também os resultados da pesquisa de Rafael Pereira, pesquisador do Ipea e da Universidade de Oxford, que traçou uma rigorosa investigação acerca dos impactos da infraestrutura na mobilidade urbana e demonstrou que o acesso à empregos formais e escolas secundárias públicas na realidade diminuiu de abril de 2014 para março de 2017.

Leia a matéria completa no site do Rio on Watch.

Publicado em Notícias | Última modificação em 16-11-2017 13:39:58