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Denise Elias, pesquisadora do Núcleo Fortaleza, analisou o agronegócio no Ceará em dois artigos publicados recentemente: “Agroindústria alimentar: epicentro do agronegócio no Estado do Ceará (Brasil)” e “A Região Metropolitana como recorte espacial para estudos sobre o agronegócio: questões de método e metodologia”.

O primeiro foi publicado na edição nº 45 da revista franco-brasileira de geografia “Confins“. O objetivo do artigo Agroindústria alimentar: epicentro do agronegócio no Estado do Ceará (Brasil)é apresentar e comprovar três teses:

Reprodução: Ceará Agora

  1. A primeira que a agroindústria alimentar é uma atividade central para a compreensão da difusão do agronegócio globalizado no Ceará;
  2. A segunda que a materialização das condições gerais de reprodução do capital deste agronegócio se dá também em algumas cidades da Região Metropolitana de Fortaleza, com destaque para a que lhe empresta o nome;
  3. E terceira tese é que as grandes empresas da agroindústria alimentar realizam um uso corporativo do território cearense e, dessa forma, são agentes responsáveis por importantes processos econômicos e espaciais no estado.

A estrutura do artigo é composta por três seções, além da introdução e das considerações finais. Na primeira apresenta o perfil da agroindústria cearense por tamanho, considerando estabelecimentos e empregos segundo faixas de total de empregos por estabelecimento. A distribuição espacial da agroindústria é tema da segunda seção. Já na terceira parte apresenta o ramo da agroindústria alimentar, segundo grupos e classes de atividade econômica, dando destaque às grandes empresas, assim como aos processos econômicos e espaciais dos quais estas são importantes agentes.

RM Fortaleza. Fonte: Governo do Estado do Ceará

Já o segundo artigo foi publicado em junho no Boletim Goiano de Geografia. O texto “A Região Metropolitana como recorte espacial para estudos sobre o agronegócio: questões de método e metodologia” visa apresentar questões de método e de metodologia de pesquisa sobre o agronegócio, a partir das seguintes hipóteses: 1) o agronegócio soma uma grande quantidade de atividades econômicas na Região Metropolitana de Fortaleza; 2) a cidade de Fortaleza é o principal centro de gestão do agronegócio no Ceará e 3) o agronegócio compõe o circuito superior da economia urbana de algumas cidades cearenses, sendo na de Fortaleza onde tal fenômeno é mais presente e complexo.

Como conclusão, o artigo apresenta que a região metropolitana é um recorte espacial importante para os estudos sobre o agronegócio e que o estudo desse agronegócio é estrutural para a interpretação da própria economia política de Fortaleza e de sua região metropolitana.