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É possível pedalar nas metrópoles? | Luís Antonio de Andrade e Silva

O geógrafo Luís Antonio de Andrade e Silva investiga a possibilidade da adoção do uso da bicicleta como meio de transporte nas grandes capitais, destacando as medidas necessárias para que este possa ser utilizado como mais uma opção de mobilidade urbana. Tomando como caso Curitiba e, mais particularmente, uma infraestrutura de circulação recém e parcialmente inaugurada, a Linha Verde.

Ressalta-se no artigo o uso da bicicleta como veículo necessário para mobilidade urbana, enquanto opção de deslocamento alternativo e compatível com as exigências ambientais, o que requer medidas para implantar e adequar a estrutura e a segurança cicloviária. Algumas sugestões nesse sentido são apontadas no texto, com base em experiências de outras cidades e naquelas adquiridas no deslocamento cotidiano no trajeto em estudo.

Alternativas para uso da bicicleta no Brasil e no mundo

A bicicleta como meio de transporte vem recebendo atenção especial em estudos e na formulação de políticas públicas nos países europeus, embora tenha seu uso difundido massivamente em países asiáticos. Enquanto nos primeiros crescem medidas de segurança, incentivo ao uso e adequação viária e do mobiliário urbano, nos segundos, o uso vem sendo substituído pelo do automóvel. Particularmente na China, onde as bicicletas eram o principal meio de locomoção até poucos anos atrás e hoje vêm perdendo espaço para a crescente motorização da população. De modo geral, a questão ambiental tem sempre centralidade nas reflexões sobre o uso da bicicleta, pela sua condição não-poluente e saudável à pessoa humana.