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Está disponível a Revista Eletrônica de Estudos Urbanos e Regionais e-metropolis nº 42, cujo artigo de capa destaca a disseminação espacial do surto de COVID-19 no território da megarregião Rio de Janeiro (RJ) – São Paulo (SP). A edição também traz mais quatro artigos, além de resenha, seção especial, ensaio fotográfico e uma entrevista com Jamie Peck, um dos mais influentes geógrafos da atualidade.

Ilustração: Renato Mãozão, arquiteto e urbanista.

Seguindo as comemorações dos 10 anos, o editorial desta edição destaca um dos objetivos da revista: o diálogo e a abertura às contribuições de outras áreas do conhecimento. Nesse sentido, traz um agradecimento aos profissionais que contribuíram com sua arte para a e-metropolis, em especial, Paula Sobrino, profissional de design responsável pelo desenvolvimento da identidade visual da revista e diagramação de todos os números.

O artigo de capa desta edição foi escrito por Matheus Bartholomeu, Regina Tunes e Sandra Lencioni, todos pesquisadores do Observatório das Metrópoles. No texto, intitulado “Megarregião Rio de Janeiro–São Paulo e o surto de COVID-19: desigualdades espaciais no contexto da globalização“, os autores buscam compreender a disseminação espacial do surto de COVID-19 no território definido como megarregião Rio de Janeiro (RJ) – São Paulo (SP), através da análise dos dados de óbito por essa doença até 10 de junho de 2020.

No segundo artigo, intitulado “Austeridade fiscal, financeirização e saneamento urbano: notas preliminares a um debate necessário“, Lucas Hungaro e Renan Almeida tratam de um caso de déficit histórico da provisão de serviços de saneamento e sua articulação com o processo de financeirização do setor.

Também com a financeirização como pano de fundo, Lorenzo Valfré e Marcelo Ribeiro são os autores do artigo “Um jeito de morar ou de investir? Transformações nas estratégias da incorporação imobiliária na era da financeirização“, onde se debruçam sobre transformações nas estratégias da incorporação imobiliária residencial presentes em anúncios imobiliários.

Já o texto “A contribuição das estratégias de mobilidade corporativa (sustentável) no âmbito do planejamento urbano“, de Carolina Grangeia, Luan Santos e Nelio Pizzolato, traz a discussão sobre as novas estratégias empresariais que buscam a sustentabilidade e a gestão da mobilidade como diferencial de mercado, acreditando nos potenciais benefícios destas estratégias por meio do desenvolvimento de um Plano de Mobilidade Corporativa.

Encerrando a seção de artigos desta edição, Rodrigo Fernandes e Ulisses Fernandes visitam a obra de Guy Debord para discutir sua importância para as cidades atuais, suas idealizações, bem como suas configurações mercadológicas de molde capitalista, no artigo “A Sociedade do Espetáculo e a cidade contemporânea: apontamentos para uma leitura geográfica de Guy Debord“.

A relevante obra “Construir e Habitar: Ética Para Uma Cidade Aberta, de Richard Sennett, é objeto da resenha produzida por Rogério Rodrigues, que destaca a importância da reflexão deste autor para a compreensão de nossas cidades para além da questão instrumental.

Esta edição também traz a entrevista “Neoliberalismo realmente existente, estruturas de poder e ação política – uma conversa com Jamie Peck“, realizada por Fernanda Pernasetti. Nela, Peck fala sobre a influência da cultura teórica flexível e não-dogmática da geografia crítica sobre o seu pensamento, que se destacou por abordar o tema do neoliberalismo a partir de um forte compromisso com o trabalho empírico.

Na seção especial, com o título “As concertinas na cidade: sobre hospitalidade e hostilidade em Belo Horizonte“, Fábio Tozi, professor da UFMG, reflete sobre a expansão e o uso de concertinas dentro do debate acerca das estratégias e do mercado de segurança, bem como o papel regulador do ente municipal, apoiando-se em um conjunto de imagens que ilustram a estética militarizada da paisagem belo-horizontina.

Encerra este número o ensaio fotográfico “Presentear com o “inútil”: a cidade, o espaço e o tempo. Nele, Thais de Almeida Gonçalves reflete sobre formas de se perceber os usos da cidade para além das exigências de produtividade e da mercantilização, através de uma leitura da intervenção urbana “Rede Social”, proposta por Israel Souza, em Juiz de Fora (MG).

Intervenção urbana “Rede Social”, de Israel Souza, em Juiz de Fora (MG). Foto: Thais de Almeida Gonçalves.

Para acessar a edição completa da e-metropolis nº 42, CLIQUE AQUI.

Publicada trimestralmente pelo Observatório das Metrópoles, a revista e-metropolis tem por objetivo suscitar o debate e incentivar a importância da difusão e divulgação científica do campo dos estudos urbanos e regionais.

As edições mantêm uma estrutura composta por duas partes. Na primeira, encontram-se os artigos estrito senso, que iniciam com um artigo de capa, no qual um especialista convidado aborda um tema relativo ao planejamento urbano e regional e suas interfaces, seguido dos artigos submetidos ao corpo editorial da revista e aprovados por pareceristas, conforme o formato blind-review.

Já a segunda parte é composta, em geral, por entrevistas, resenhas de obras recém-lançadas (livros e filmes), seção especial – que traz a ideia de um texto mais livre e ensaístico sobre temas que tangenciem as questões urbanas – e, finalmente, ensaio fotográfico, que faz pensar sobre as questões do presente da cidade por meio de imagens fotográficas.