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O Fórum “Reforma Urbana e Direito à Cidade”, organizado pelo Núcleo Fortaleza do Observatório das Metrópoles, contou com mais uma atividade presencial no último dia 10.

O encontro ocorreu no teatro do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento público inaugurado em 2006, referência para a periferia sudoeste da cidade, onde a população dos cinco bairros do Grande Bom Jardim (GBJ) podem realizar cursos e participar atividades artísticas. Fazendo honra ao espaço cultural, a abertura contou com apresentação musical de Anjinho e Levi, voz e violão, seguida da declamação de um poema por Fernanda Damião, estudante angolana da UNILAB.

Foi lançado então o livro “Reforma Urbana e Direito à Cidade: Fortaleza”, que integra a coletânea de 17 livros publicados pelo Observatório das Metrópoles no fim do ano passado, cuja divulgação é o objetivo central do Fórum. O tema foi debatido pela profa. Clelia Lustosa, coordenadora do Núcleo Fortaleza e organizadora da publicação, acompanhada pelas lideranças comunitárias Levi Nunes (Gestor Executivo do CCBJ) e Lúcia Albuquerque (Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza – CDVHS). As exposições abordaram as barreiras impostas à periferia para o acesso ao Direito à Cidade, à cultura e ao lazer, especialmente por conta das péssimas condições de mobilidade ofertadas para a população da capital cearense.

Na sequência, a mesa “Movimentos Sociais e lutas pelo Direito à Cidade” aprofundou temas expostos ao longo do livro, com a participação dos autores Prof. Eduardo Machado (UNILAB – Grupo Diálogos); Adriano Almeida (Comitê de Enfrentamento à Covid e à Fome no Grande Bom Jardim – GBJ / Rede DLIS / Rede de Cozinhas Comunitárias GBJ) e Rogério Costa (Rede DLIS / CDVHS / Frente de Luta por Moradia Digna – FLMD / Conselho Gestor da ZEIS do Bom Jardim). Em suas falas, os convidados destacaram como a articulação dos movimentos sociais e população do GBJ foi importante para a sobrevivência da comunidade durante a pandemia, seja através da compilação de dados sobre a doença que embasaram a luta por políticas de saúde pública para a comunidade, considerando as especificidades territoriais; seja através da articulação de cozinhas comunitárias, que amenizaram a fome da população em situação de vulnerabilidade.

As falas também foram acompanhadas por Jô Costa (Fórum de Juventudes do Grande Bom Jardim / Coletivo Gueto Queen / Instituto Mirante) e Laíssa Limeira (FLMD), que destacaram o papel da juventude na luta pelo Direito à Cidade e Reforma Urbana, inclusive fazendo um recorte racial, de orientação sexual e identidade de gênero.

O debate pode ser assistido no canal do Youtube do LAPUR-UFC, laboratório que integra o Núcleo Fortaleza: CLIQUE AQUI.