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Índice de mobilidade urbana sustentável em Goiânia

Neste artigo Ivanilde Maria de Rezende Abdala e Antônio Pasqualetto trabalham o conceito de mobilidade urbana sustentável em suas interações com o ambiente urbano mais amplo e com a qualidade de vida da população. O trabalho discute o alcance do Índice de Mobilidade Urbana (Imus) para algumas cidades brasileiras, e toma como base a aplicação desse índice na cidade de Goiânia. Ponderando que as soluções para os problemas de trânsito e transporte não podem ser desvinculadas de outras dimensões da política urbana, os autores destacam o Imus como importante ferramenta para a formulação, implantação e monitoramento de políticas públicas voltadas à mobilidade urbana sustentável.

O artigo “Índice de Mobilidade Urbana Sustentável em Goiânia como ferramenta para políticas públicas”, de Ivanilde Maria de Rezende Abdala e Antônio Pasqualetto, é um dos destaques do Dossiê: “Mobilidade urbana nas metrópoles brasileiras”, da Revista Cadernos Metrópole nº 30.

 

Abstract

This paper approaches concepts of mobility and Sustainable Urban Mobility and their interactions with the urban environment. Seeking improvements in the movement of persons and services, in particular in the use of vehicles, it leads to investigations aiming at satisfactory mobility in public spaces and at the quality of life of the population. Thus, researchers discuss the subject in search of indices to measure parameters. In this study, the aim was to calculate the Sustainable Urban Mobility Index (SUMI) to the city of Goiânia (Central-Western Brazil) with data survey in 2011 and 2012, adopting the methodology proposed by Costa (2008). The calculation was made in the second half of 2012 and revealed that, to solve the problem of traffic and transport, it is necessary to associate the index with the urban policy. Therefore, it is recommended that SIMU is used as a tool to assist in and contribute to the proposition, formulation, implementation, and monitoring of public policies related to the sustainable urban mobility of Goiânia.

 

Introdução

Ivanilde Maria de Rezende Abdala

Antônio Pasqualetto

A concentração de pessoas nas cidades, notadamente nas grandes e em regiões metropolitanas e a consequente necessidade de mobilidade ligada ao aumento do uso dos veículos automotores têm resultado baixa qualidade de vida.

Os problemas referentes à mobilidade são agravados por investimentos insuficientes e às vezes inadequados, e também pela ausência de políticas públicas que priorizem os modos coletivos e os não motorizados de forma a tornar mais equânime à apropriação do espaço urbano pelos diversos modos de transporte. Dessa forma, ficam comprometidos os deslocamentos da população no atendimento e realização de suas necessidades diárias, principalmente da parcela da população de baixa renda, dependentes do transporte público e sem espaços nas vias para a utilização segura de modos não motorizados. No deslocamento da população, o transporte público ou coletivo de qualidade é fator preponderante e influi na qualidade de vida urbana, sendo também fator direcionador do seu desenvolvimento econômico e social. Assim sendo, é necessário um equacionamento adequado do transporte em geral em conjunto com suas políticas, em especial a do uso do solo interligado ao transporte.

Como mobilidade e transportes estão intrinsecamente interligados, na busca de solucionar os seus problemas, estudos apontam a ações que levam à mobilidade urbana sustentável,e, dentre os artifícios necessários, deve-se tratar a questão do transporte e trânsito vinculada à política urbana. Para tanto, é imperativo a provisão de facilidades para responder à demanda por milhares de deslocamentos diários, por diferentes modos e motivos.

Na busca de melhor planejamento que controle com mais austeridade o uso do espaço urbano, tem-se direcionado a estudos e investigações em direção à mobilidade sustentável. Dessa maneira, pesquisadores têm discutido o assunto buscando estabelecer parâmetros, identificar fatores que impactam a mobilidade e obter soluções para ela, dentre as quais, índices que possam medir a condição de vida da população assim como de sua mobilidade. Do mesmo modo […] estudos para estabelecer parâmetros para o desenvolvimento de metodologias de monitoramento da Mobilidade Urbana, buscando subsidiar a definição de políticas públicas. (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGE, 2009) Um importante instrumento para elaboração de diagnósticos é o Índice de Mobilidade Urbana Sustentável – Imus, desenvolvido por Costa (2008). Esse índice, formado por um conjunto de 87 indicadores, foi desenvolvido com a proposta de oferecer uma metodologia capaz de avaliar quantitativamente e qualitativamente vários aspectos pertinentes à mobilidade, incluindo os cenários essenciais – social, econômico e ambiental.

Assim sendo, objetivou-se avaliar, à luz da metodologia citada, o Imus para Goiânia.

Para ler o artigo completo “Índice de Mobilidade Urbana Sustentável em Goiânia como ferramenta para políticas públicas”, acesse a edição nº 30 da Revista Cadernos Metrópole.

 

Última modificação em 17-04-2014 18:22:16